Uma comitiva do Instituto Nacional do Câncer (INCA) esteve nesta quinta-feira, 30, em Campina Grande para conhecer o Programa Municipal de Controle do Tabagismo, o “Campina Livre do Fumo”. A cidade foi a escolhida no Nordeste para participar do Projeto de Ações de Sustentabilidade do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT).
“Campina Grande está desenvolvendo um trabalho maravilhoso e eu vim fazer um recorte sobre esse trabalho em várias unidades de saúde disponibilizando tratamento para a população que é fumante. Isso sem dúvida nenhuma vai repercutir na melhoria da saúde da população e menos gastos com adoecimento e morte. Então viemos conhecer esse trabalho que é desenvolvido aqui”, disse a chefe substituta da divisão de controle do tabagismo do INCA, Vera Borges.
O programa tem 15 anos de atividades e já reabilitou milhares de pessoas. As ações são desenvolvidas, atualmente, em 50 Unidades Básicas de Saúde. Em 2021, 536 passaram pelo serviço e os dados mostram que 81% dos inscritos inicialmente em média conseguem parar de fumar. O Ministério da Saúde entende que pelo menos 30% precisam deixar o cigarro para que o projeto seja considerado eficiente na cidade.
O trabalho é desenvolvido com grupos de fumantes de forma multidisciplinar. Os interessados em participar devem procurar um dos serviços. Os grupos são formados com 15 a 20 pessoas que se reúnem para receber orientações e acompanhamento de médicos, psicólogos, dentistas e assistentes sociais para ajudar a deixar o cigarro. Eles também recebem medicação, a exemplo do adesivo utilizado para diminuir a vontade de fumar e antidepressivos. Em algumas unidades as reuniões acontecem no período da noite para propiciar que os trabalhadores não deixem de participar.
Em Campina Grande foram desenvolvidas terapias que têm alcançado resultados ainda melhores. A terapia auricular, ou acupuntura auricular, a meditação, a musicoterapia e a massagem são utilizados com alguns dos fumantes. Recentemente, o trabalho também passou a ser desenvolvido dentro da Penitenciária Feminina de Campina Grande.
O projeto foi destaque no prêmio Atenção Primária à Saúde Forte, do Ministério da Saúde, em 2021, foi premiado no 13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade e foi apresentado no Congresso Internacional de Medicina da Família, o World Conference of Family Doctors (WONCA).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro é responsável por 90% dos casos de morte em pessoas com câncer de pulmão. Além do câncer de pulmão, fumar pode causar danos em outras partes do corpo e problemas cardiovasculares.
Relação de unidades do programa
- UBS Ana Amélia V. Cantalice – Três Irmãs
- UBS Bairro das Cidades I
- UBS Bairro das Cidades II
- UBS Maria de Lourdes Leôncio – Liberdade
- UBS Malvinas III
- UBS Catolé de Zé Ferreira
- UBS Antônio Mesquita de Almeida – Monte Castelo
- UBS Campos Sales – José Pinheiro
- UBS Horacina de Almeida – Monte Castelo
- UBS Romualdo B. de Figueiredo – Acácio Figueiredo
- UBS Tambor I
- UBS Antônio V. Brasileiro – Complexo Aluízio Campos
- UBS Crisóstomo Lucena – Complexo Aluízio Campos
- UBS Bem-te-vi – São José da Mata
- UBS Colibri – São José da Mata
- UBS Severino de Souza Costa – Presidente Médici
- UBS Nações
- UBS Raiff Ramalho – Cruzeiro
- UBS Ressurreição
- UBS Serra da Borborema
- UBS Adriana Bezerra – Santa Rosa
- UBS Argemiro de Figueiredo – Liberdade
- UBS Antônio Aurélio Ventura – Três Irmãs
- UBS Estação Velha
- UBS Nossa Sra. Aparecida – Catolé
- UBS Djalma Barbosa – Catolé de Boa Vista
- UBS Paus Brancos (Zona Rural)
- UBS Umburanas – Malvinas
- UBS Eduardo Ramos – Centenário
- UBS Porteira de Pedra
- UBS Rosa Mística
- UBS Adalberto César – Pedregal
- UBS Araxá
- UBS Malvinas V
- UBS Jardim Verdejante
- UBS Bodocongó
- UBS Jocel Fechine – Cuités
- UBS Inácio Mayer – Jeremias.
Fonte: Codecom/PMCG
Fotos: PMCG