
O Twitter processou Elon Musk nesta terça-feira (12) por violação do acordo de US$ 44 bilhões para compra da rede social, e pediu a um tribunal de Delaware que ordene a conclusão do negócio pelo bilionário, segundo um documento judicial.
“Tendo montado um espetáculo público para colocar o Twitter em cena, e assinado um acordo de fusão favorável ao vendedor, Musk aparentemente acredita que ele – ao contrário das outras partes sujeitas à lei contratual de Delaware – é livre para mudar de ideia, zombar da empresa, prejudicar suas operações, destruir valor aos acionista e ir embora”, diz o processo.
Minutos após o Twitter anunciar o processo, Musk publicou na sua página na rede social “oh, a ironia”.
Na sexta-feira, Musk anunciou a rescisão do acordo alegando que o Twitter violou seus termos ao não responder a pedidos de informações sobre contas falsas ou spam na rede social, o que é fundamental para o desempenho dos negócios da empresa.
A saída do bilionário do negócio aconteceu três meses depois que ele chegou a um acordo com o conselho de administração do Twitter. Antes da oferta da compra, Musk chegou a adquirir 9% das ações da rede social.
O homem mais rico do mundo vinha questionando a plataforma sobre o número de contas falsas e de spam, e já havia ameaçado desistir da compra se não pudesse realizar sua própria análise. A rede social diz que os perfis fake representam menos de 5% de sua base de 229 milhões de usuários.
Mas Musk diz que sua análise parcial a partir de dados fornecidos pela companhia mostram que o número é maior.
Segundo seus advogados, tudo indica que as informações divulgadas sobre as contas suspeitas são “falsas ou materialmente enganosas”.