Nesta segunda-feira (1°), o presidente norte-americano, Joe Biden, confirmou a morte de Ayman al-Zawahiri, líder e um dos fundadores da Al-Qaeda. A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) realizou a operação militar em Cabul, no Afeganistão, no sábado (30).
Um dos responsáveis por coordenar os ataques de 11 de Setembro de 2001, nos EUA, o egípcio sucedeu Osama bin Laden na liderança da Al-Qaeda, após o antigo líder da organização ser morto por soldados norte-americanos no Paquistão, em 2011.
“Por décadas [al-Zawahiri] foi um mentor contra os norte-americanos”, afirmou Biden em comunicado ao vivo. “[Ele deixou uma] trilha de assassinatos e violência contra os cidadãos dos EUA.”
Biden afirmou que a CIA localizou o paradeiro de Al-Zawahiri em janeiro deste ano e que uma semana atrás deu a autorização final para o ataque. A missão, entretanto, foi planejada para que outras pessoas não fossem atingidas. “Nenhum membro da família [de Al-Zawahiri] foi ferido”, disse o presidente dos EUA.
O norte-americano também enfatizou que ações antiterrorismo continuarão em andamento enquanto forem necessárias e que o país “nunca desistirá” de lutar contra o problema.
“Nesta noite, deixamos claro mais uma vez que, não importa quanto tempo leve, não importa onde se esconda, se você for uma ameaça para o nosso povo, os EUA irão te encontrar e te matar”, declarou Biden.
Em um comunicado, o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, confirmou que houve um ataque no sábado e fez críticas à operação, que classificou como uma violação aos “princípios internacionais”.
Al-Zawahiri era médico e cirurgião de formação e é apontado como um dos responsáveis pela formação ideológica, as táticas e habilidades organizacionais da Al-Qaeda. Ele é tido como o líder e idealizador dos primeiros atentados suicidas e células independentes, que se tornaram uma marca da rede.
O egípcio é suspeito de ter planejado o ataque ao navio norte-americano USS Cole, em 2000. Um ataque suicida explodiu a embarcação, que estava atracada no Iêmen, matando 17 marinheiros. Dois anos antes, em 1998, o Al-Zawahiri foi acusado pelos EUA por ter participado de ataques com bombas nas embaixadas do país no Quênia e na Tanzânia, que deixaram 224 mortos.