O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, pagou R$ 2,7 milhões ao Instituto Paraná Pesquisas no período de pré-campanha eleitoral. Registros do balanço financeiro junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), apontam que a legenda usou dinheiro do Fundo Partidário para realizar os pagamentos.

Conforme as informações do jornal Folha de S.Paulo, foram 20 transferências bancárias entre janeiro e julho. As maiores parcelas foram de R$ 787,5 mil, em janeiro, e de R$ 525 mil, em fevereiro. Os contratos foram pagos com recursos do fundo partidário.

Em nota, o instituto informou que “trabalha para diversos partidos políticos, não só para o PL”, e que “todas as pesquisas são realizadas e entregues de acordo com contratos firmados com os partidos contratantes”.

Ainda conforme a Folha, a empresa assinou, em março, contrato de R$ 1,6 milhão com o governo federal pelo prazo de um ano, com o objetivo de realizar coleta de dados sobre políticas públicas.

Em nome do Paraná Pesquisas foram identificados no TSE até o último domingo (18) 63 levantamentos de intenção de voto à Presidência realizados desde janeiro, sejam de abrangência nacional ou estadual.

Em nenhuma delas o PL aparece como contratante. Questionado sobre que serviços foram eventualmente prestados pela empresa, o partido comandado por Valdemar Costa Neto não quis se manifestar.

Das 63 registradas, o Paraná Pesquisas declarou ao TSE ter custeado 26 —41% do total. A Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) é crítica do autofinanciamento, por entender que a prática pode esconder irregularidades, como caixa dois. A entidade enviou ao TSE e ao MPF (Ministério Público Federal) informações sobre o assunto.

No email encaminhado à reportagem sobre o contrato firmado com o Executivo, Murilo Hidalgo, um dos sócios do Paraná Pesquisas, afirmou que o financiamento de pesquisas próprias “não é algo exclusivo do instituto” e que outras companhias também o fazem.

Entre os contratantes recentes da empresa, segundo os registros na corte eleitoral, há políticos como Cabo Daciolo, candidato do PDT ao Senado, que solicitou um cenário para a Presidência no Rio de Janeiro.

A União Brasil, que tem Soraya Thronicke como postulante ao Planalto, foi outra legenda a contratar a empresa, desta vez para levantar o desempenho dos presidenciáveis no Paraná. Grupos de comunicação e instituições financeiras privadas, como corretoras de valores, também encomendaram sondagens.

O empate técnico entre Lula e Bolsonaro se repete nas sondagens do Paraná Pesquisas, com algumas pequenas variações, desde maio. No levantamento mais recente, cuja margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, o petista apareceu com 39,6%, ante 36,5% de Bolsonaro.

A próxima rodada da empresa paranaense está prevista para ser divulgada nesta terça-feira (20).

Institutos como Datafolha, Ipec e Quaest apontaram liderança de Lula no período. O Datafolha pertence ao Grupo Folha e atua com pesquisa eleitoral e levantamentos estatísticos para o mercado. Não faz sondagens eleitorais para governos ou políticos.

Fonte: Folha de S. Paulo

Foto: Reprodução

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