O furacão Ian, que passou por Cuba, tocou o solo duas vezes na Flórida, nos Estados Unidos, depois de ganhar força e ter sido elevado nesta quarta-feira (28) à categoria 4, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) do país.
O furacão tem ventos de até 250 quilômetros por hora, segundo o NHC.
Esse é um dos furacões mais fortes a atingir os EUA em décadas, segundo o “New York Times”. Os meteorologistas afirmaram que uma parte do estado deve observar uma onda de tempestade catastrófica, vento e inundações.
O Ian tocou no solo nos seguintes locais:
- Ilha de Cayo Costa, perto da cidade de Fort Myers;
- Cidade de Punta Gorda
Moradores da costa do Golfo do México, na Flórida, fecharam casas e seguiram para áreas mais altas. A tormenta deve levar muita chuva e ventos fortes.
Oito regiões do Estado receberam ordem para sair de locais vulneráveis: Charlotte, Hillsborough, Lee, Levy, Manatee, Pasco, Pinellas e Sarasota.
A Disney fechou, nesta quarta-feira, todos os parques do grupo na Flórida por pelo menos dois dias.
A Baía de Tampa, que não é atingida por um furacão diretamente há cem anos, e a cidade de Saint Petersburg eram os alvos mais prováveis para o primeiro impacto direto, segundo a primeira projeção. Porém, uma atualização agora projeta o Ian mais ao sul do Estado.
No dia anterior, a tormenta atingiu Cuba, deixando a ilha inteira sem energia e duas pessoas mortas, além de vilarejos inundados. A tempestade devastou o extremo oeste da ilha com ventos e inundações.
Embora o furacão já tenha passado por Cuba, o país ainda enfrenta fortes chuvas e ventos. Na noite de terça-feira, toda a ilha estava sem luz, segundo autoridades locais. Pelo menos uma pessoa morreu.
Lázaro Guerra, diretor técnico da União Elétrica de Cuba, disse que uma falha no sistema elétrico nacional, em parte associada à tempestade, afetou a infraestrutura, informou a mídia estatal.
“O sistema já operava em condições complexas com a passagem do furacão Ian”, disse Guerra, diretor técnico do Sindicato da Eletricidade de Cuba. “Não há serviço de eletricidade em nenhuma parte do país agora.”