A mãe da criança com autismo que caiu do 3º andar de um prédio em João Pessoa achava que a filha estava dormindo na hora do acidente.
A mãe afirmou que foi a primeira vez que a menina teve uma crise. Barbara Hellen, de 9 anos, segue internada no Hospital de Trauma. O caso aconteceu na última quarta-feira (26) e a criança foi salva por uma vizinha que amorteceu o impacto da queda.
Bárbara Santana, a mãe, explica que estava acontecendo uma carreata ao lado do condomínio, mas que a criança já estava dormindo no quarto.
“Estava tendo uma carreata ao lado do condomínio, com carro de som muito alto. Ela estava dormindo na cama, acordou meio desorientada indo pro banheiro, queria tomar banho. Terminei de dar banho nela, botei ela novamente na cama. Cobri ela com lençol, apaguei a luz, deixei ela lá deitada. Depois, eu só escuto alguém batendo na porta. Uma criança dizendo: tua filha caiu, quebrou o braço. Eu disse: ela está na cama. Fui ver, ela já estava lá embaixo”, disse a mãe.
Bárbara não viu o momento da queda e depois do ocorrido, tentou manter a calma para não assustar ainda mais a criança. “Eu não vi o momento da queda, não tive como ver. Imediatamente eu desci. Vi minha filha já no chão, com muita gente em cima. Tive que manter a calma, não pude chorar, não podia porque eu precisava passar minha calma para minha filha. Se eu gritasse, ia assustar ainda mais ela. Até agora eu tô tentando ser paciente. Às vezes ela grita com dor no pescoço por causa da pancada, mas eu me levanto e beijo ela”, disse a mãe.
Segundo a mãe, o Hospital de Trauma está intermediando o tratamento da criança na Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad). Ela já havia frequentado o local e adquirido o diagnóstico e laudo médico de autismo, no entanto, não realizava tratamento.
A criança segue internada no Hospital de Emergência e Trauma desde a noite de quarta-feira (26). “Espero que ela saia daqui rápido, com todos os exames feitos, só pra seguir com o tratamento em casa. Estou muito grata pela vida da minha filha, hoje eu poderia ter enterrado ela. Deus deu uma oportunidade dela viver novamente”, afirmou a mãe.