O jornalista Augusto Nunes, de 73 anos, foi demitido da emissora Jovem Pan um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) perder a eleição presidencial. O grupo de comunicações confirmou a saída do profissional, mas não detalhou o motivo devido “cláusulas de confidencialidade”.
Nesta segunda-feira (31), o grupo Jovem Pan publicou um comunicado anunciando o desligamento do jornalista. No texto, a emissora deixa claro que a decisão ocorreu de forma pacífica.
“Em comum acordo, O Grupo Jovem Pan e o jornalista Augusto Nunes entenderam por bem pôr fim à parceria de trabalho que estava vigente há mais de cinco anos, através da empresa do Augusto, Lauda Comunicação Ltda, sem qualquer animosidade ou juízo de valor. Os termos e detalhes do deslinde não serão objetos de comentários por conta de o contrato de origem estar acobertado e protegido por cláusula de sigilo e confidencialidade. O Grupo Jovem Pan agradece o jornalista Augusto Nunes e deseja sucesso nas novas fronteiras que ele haverá de desbravar”.
O jornalista já estava há uma semana afastado por descumprir uma ordem do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Desde 15 de outubro, o grupo Jovem Pan estaria sob investigações do TSE por usar meios de comunicações para beneficiar a candidatura do atual presidente da república.
No Twitter, Augusto Nunes afirmou ter chamado Luis Inácio Lula da Silva (PT) de “ladrão, ex-presidiário, descondenado e amigo de ditadores”. O jornalista apontou que a fala foi o motivo do afastamento do programa “Os Pingo nos Is”, decisão tomada pelo departamento de jornalismo da emissora.
Com Portal IG