A realização da Copa do Mundo no meio da temporada traz uma rotina diferente para a semana de preparação da seleção brasileira, na comparação com Mundiais anteriores.
O torcedor mais atento deve ter se acostumado com as cenas de jogadores na esteira, cheio de eletrodos, conectados a aparelhos modernos, que fornecem índices minuciosos sobre os corpos de quem pratica esporte de alto rendimento.
Neste ano, a ciência segue como aliada. A comissão técnica quer os jogadores “fresh” — termo em inglês que remete ao frescor —, mas o tempo e a condição física dos convocados demandam uma abordagem diferente.
São 10 dias entre a apresentação de segunda-feira (14) para os treinos em Turim, na Itália, e a estreia no Qatar, diante da Sérvia. Antes de chegar a Doha, o Brasil usará o CT da Juventus como base.
Além disso, a realização da Copa do Mundo entre novembro e dezembro faz com que o Mundial seja uma extensão do ritmo de competição dos clubes. Quem atua na Europa, está no meio da temporada. Os brasileiros, por sua vez, precisam lidar com o ônus de um ano inteiro de trabalho.
Na seleção brasileira, a maioria (23 dos 26) se encaixa no primeiro cenário. De todo modo, os primeiros dias em Turim servirão como “detox”, numa tentativa dos preparadores físicos e fisiologistas da seleção de deixar os jogadores à disposição de Tite em condições similares, independentemente de onde tenham vindo.
Fonte: UOL