Os últimos meses têm sido de desafios e ajustes no mercado cripto, especialmente para as exchanges, que são as corretoras que facilitam as transações de compra e venda de criptomoedas para a população em geral. Após o anúncio de falta de liquidez e falência da exchange estadunidense FTX, as demais corretoras em todo mundo foram pressionadas a comprovar solvência e liquidez.
Desde então, medidas de segurança e proteção contra golpes estão sendo implementadas pelas exchanges, além da divulgação de fundos que comprovem a saúde financeira das empresas. A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, realizou recentemente divulgação de dados no formato de Prova de Reserva, uma espécie de diagrama contendo todas as carteiras da exchange, com os devidos saldos em todas as criptomoedas depositadas por usuários.
A empresa também vem passando por uma reestruturação geral de segurança, solicitando dados e comprovação de renda dos usuários, chegando a travar saques e movimentações ou diminuindo seus limites de saques. As novas medidas da Binance atingiram em cheio a Braiscompany, empresa que atua com gestão de criptoativos e teve suas contas bloqueadas e limite de saques e transferências reduzidos pela corretora, o que causou atraso nos pagamentos que a gestora realiza aos seus clientes.
Para Clélio Cabral, gerente executivo da Braiscompany, o mundo cripto passa por uma reestruturação de segurança e em breve tudo voltará ao normal.
“Com os acontecimentos recentes do mercado, é preciso ver as ações da Binance de forma positiva. Ela está em busca de mais segurança para os usuários e também para a empresa. É claro que esses bloqueios causam transtornos aos usuários. A Braiscompany está sofrendo muito com isso, mas entendemos que é uma fase e em breve, tudo voltará ao normal e com muito mais segurança para nós e nossos clientes”, explicou.
Com experiência também no mercado financeiro tradicional, Clélio aproveita para tranquilizar clientes da Brascompany e entusiastas do mundo cripto que ficaram receosos com as medidas tomadas pela exchange.
“Em banco é muito comum, quando há operações de crédito ou quando se realizam movimentações diferentes das habituais, a instituição pedir uma análise cadastral e comprovação de renda, da pessoa física ou jurídica. É o mesmo que a Binance está fazendo com seus usuários. São medidas de segurança, processos necessários para garantir a segurança do cliente e comprovar a idoneidade da corretora. Pode parecer uma atitude arbitrária, mas se justifica pelo momento” finalizou o gerente.
Sobre a situação dos bloqueios feitos nas contas da Braiscompany pela Binance, Clélio explicou que já está sendo solucionado e a corretora está fazendo a verificação das contas para liberar um limite de mais de 100 milhões de dólares diários para a Braiscompany transacionar na plataforma. Além disso, a gestora de criptoativos também está lançando um aplicativo próprio para fazer os pagamentos dos seus clientes sem precisar da Binance como intermediadora. O App estará disponível para os clientes em fevereiro.
Com Café com Notícia PB