A garota de 12 anos que desapareceu em 6 de março no Rio e foi encontrada nesta terça-feira (14) no Maranhão estava trancada em uma quitinete em São Luís (MA), para onde foi levada em um carro contratado por R$ 4 mil. O açougueiro Eduardo da Silva, de 25 anos, foi preso por cárcere privado, estupro e sequestro.
A polícia ainda apura se a viagem, de 3,1 mil quilômetros de distância, foi feita por meio de aplicativo de transporte individual ou se foi combinada diretamente com o motorista.
Segundo as investigações, a menina foi buscada na escola, em Sepetiba, Zona Oeste do Rio, pelo homem com quem ela vinha se comunicando em um aplicativo de vídeos por cerca de dois anos. O suspeito viajou de avião até o Rio para buscá-la.
Como a garota tem menos de 14 anos de idade e homem confessou à polícia que a beijou, há também o crime de estupro de vulnerável. A menina ainda deve ser submetida a exame de corpo de delito para que a polícia apure se houve relação sexual.
“Nós conseguimos, através de informações entre a delegada do Rio de Janeiro e a nossa equipe de inteligência, chegar ao local do possível cárcere da jovem. Ela se encontrava trancada em uma quitinete no bairro da Divinéia. Estávamos tentando abrir a porta, quando ela abriu a janela. Percebemos realmente que ela ficava trancada dentro da casa. Um crime de sequestro, ela só tem 12 anos de idade”, detalhou o delegado Marcone Matos.
Pais terão de ir a São Luís
Os pais agora tentam juntar dinheiro para buscar a garota, pois, além de ser menor de idade, ela não possui documentação.
“Nós vamos ter que ir lá buscá-la. Só que nem eu nem a mãe dela temos condições financeiras. Estamos vendo como vamos fazer para arrecadar o valor das passagens de ida e volta”, disse o pai ao g1.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que os pais precisarão buscar a jovem e informou que eles podem pedir ajuda ao estado para custear a passagem.
Menina foi levada para abrigo
Até o reencontro com a família, a garota ficará na Casa da Mulher Brasileira, um centro de referência no atendimento a mulheres em situação de violência em São Luís.
Mesmo preocupado em como fazer a viagem, o pai comemorou o encontro da filha pelas polícias do Rio e do Maranhão.
“Pediram para a família manter a calma e reiteraram que ela estava bem. Estou aliviado. Finalmente minha filha vai voltar para casa”, disse.
O pai contou, ainda, que a mãe da menina passou mal durante a semana com pressão alta e nos últimos dias chegou a perder a voz. “Ela está ansiosa para dar um abraço na filha”, disse.
Com G1