Através de uma nota oficial, a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) se pronunciou sobre a paralisação dos motoristas de transportes coletivos, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (26) em Campina Grande. A categoria reivindica um reajuste salarial por parte do sindicato patronal.
A STTP classificou a ação dos motoristas como sendo um ”fato grave” e comunicou que a Superintendência não havia sido informada com antecedência sobre a paralisação. Além disso, a Superintendência informou que vai adotar medidas judiciais sobre o caso.
Confira a nota na íntegra:
”Sobre a paralisação dos motoristas de transportes coletivos, na manhã desta quarta-feira, 26, cobrando reajuste salarial por parte do sindicato patronal, a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos de Campina Grande – STTP avalia como um fato grave, pelos prejuízos causados aos cidadãos usuários do sistema de transporte público do Município.
Nesse sentido, após sequer ter sido informada com antecedência sobre a paralisação, a STTP decidiu adotar todas as medidas cabíveis, no âmbito da Justiça, no sentido de garantir o direito de ir e vir dos passageiros.
Ao mesmo tempo, a Superintendência Informa que a Prefeitura de Campina Grande vem pagando mensalmente o custo operacional do sistema, e que até a presente data não foi apresentado o dissídio coletivo dos motoristas, por parte do Sitrans, para que seja considerado o cálculo tarifário mensal”.
Entenda o caso:
Os motoristas de ônibus de Campina Grande realizaram uma paralisação de advertência, que durou aproximadamente 60 minutos.
A categoria pede o reajuste salarial de 10% e a gratificação para os condutores que dirigem e cobram ao mesmo tempo.
De acordo com o presidente do sindicato Antonino Macêdo, a ação é o início do que vai acontecer sábado, caso não haja negociação.
“Sábado não sai um carro da garagem! Essa paralisação é de advertência e queremos o que é direito da gente, estamos desde o início da pandemia sem aumento”, disse.
Antonino pede ainda que seja realizada uma negociação com os trabalhadores, levando em consideração que os profissionais da Capital recebem cerca de 500 reais a mais que os motoristas de Campina Grande.
“Diferença salarial enorme, aqui tá todo mundo passando fome”, disse o presidente.