O juiz do Trabalho, Adriano Mesquita Dantas, negou o pedido da cunhada de Antônio Neto Ais, dono da Braiscompany, Flávia Farias Campos, acerca de uma indenização de R$ 232 mil contra a empresa de criptomoedas.
Mais do que indeferir o pedido, Mesquita destacou em sua decisão que, “além de irmã e cunhada dos sócios da Reclamada, era “gerente financeira” (ou seja, CFO), mesmo sem qualquer experiência”.
O magistrado apontou que a irmã de Fabrícia foi vendedora no comércio, auxiliar de escritório da Secretaria de Administração do Estado da Paraíba, telefonista na Prefeitura de Taperoá e, por fim, gerente financeiro da Reclamada, “respondendo por uma operação que, segundo as investigações, movimentou mais de 1 bilhão de reais. Estava, portanto, intimamente relacionada com manutenção e operação da atividade ilícita, cuidando do pagamento dos rendimentos mensais aos “clientes”, como afirmado em audiência”.
“Na verdade, a Reclamante foi beneficiária direta da “operação”,seja como cliente (afirmou ter firmado mais de 20 contratos), seja como “gerente financeira”, auferindo expressivas somas a título de “rendimentos”, “salários” e “comissões”. Até o valor da “remuneração” da Reclamante (R$ 20.000,00) chama atenção e destoa do ordinário, superando, em muito, a remuneração paga aos gerentes de grandes bancos na região”, acrescenta.
Na ação, Flávia Farias Campos afirmou que “acreditava na empresa e investiu com mais de 20 contratos”. A cunhada de Antônio Neto Ais pleiteou receber mais de R$ 230 mil da BraisCompany na esfera trabalhista. A causa está estimada no valor preciso de R$ 232.731,88, de acordo com os autos.
Com Maurílio Junior