O desembargador Frederico Coutinho, do Tribunal de Justiça da Paraíba, determinou a soltura da viúva do delegado de Polícia Civil Paulo Bertrand Medeiros de Carvalho, suspeita de matá-lo envenenado, em Campina Grande.
Ela estava presa preventivamente desde o dia 7 de julho.
A decisão atende a um pedido da defesa da suspeita, com a justificativa de que por possuir bons antecedentes, a liberdade dela não oferece riscos à instrução criminal. No entanto, o desembargador impôs medidas cautelares a serem cumpridas, como não se ausentar da comarca por mais de cinco dias sem autorização judicial.
O delegado de Polícia Civil Paulo Bertrand Medeiros de Carvalho foi encontrado morto na casa em que morava no bairro do Catolé, em março de 2021, e a versão inicial falava em infarto.
As primeiras informações eram que o delegado havia sido encontrado morto pela esposa e pela enteada em casa. As duas teriam acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), o filho da vítima estranhou a rapidez com que as suspeitam queriam com que a certidão de óbito fosse emitida e a frieza com que elas lidaram com a morte. Por isso, pediu à Polícia Civil a necropsia do corpo do pai.
O procedimento apontou que o delegado foi envenenado com veneno para ratos, mais conhecido como “chumbinho”.
À polícia, as mulheres disseram que não estavam em casa durante a morte da vítima, mas em um clube. Por outro lado, as investigações concluíram que elas não estiveram no estabelecimento. Após o envenenamento, as duas ficaram em casa.
O Ministério Público, ainda na denúncia, aponta que o crime foi cometido para que a acusada conseguisse uma pensão de alto valor após a morte do marido.
Fonte: G1 PB