O pastor Péricles Cardoso, investigado por aplicar golpes em fiéis de uma congregação da Assembleia de Deus, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, costumava usar o cartão de crédito de fiéis, para fazer compras e pedia sigilo às vítimas, segundo a delegada Sileide Azevêdo.
O líder religioso é suspeito de aplicar golpes que chegam a R$ 3 milhões. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para investigar o crime. Mais de 30 pessoas dizem ter sido vítimas.
“Nós temos relatos desde o empréstimo de dinheiro em espécie, feito por esses fiéis da Igreja a esse pastor. Nós temos notícias também de que, em algumas situações, essa vítima emprestava o cartão de crédito com senha para que ele fizesse algum tipo de compra, notas promissórias, algumas vezes, respaldavam esse tipo de empréstimo, empréstimo de cheques então diversas modalidades”, afirmou a delegada Sileide Azevêdo.
Ainda conforme a delegada, o pastor se aproveitava da confiança dos fiéis para fazer várias vítimas e ainda pedia sigilo para não ser descoberto. “Ele dizia a essas vítimas que uma não podia falar para outra que havia feito aquele empréstimo, então elas guardavam sigilo dessa situação e a situação só veio à tona tão depois porque havia essa situação. E foi a partir do momento, em que esse próprio autor procurou a igreja e disse ao presidente da congregação que estava passando por dificuldades financeiras e ele pediu que fosse uma reunião com esses credores que se chegou a essa informação e a quantidade de pessoas vítimas”, destacou.
As investigações apontam que o pastor arrecadou cerca de R$ 3 milhões no período de quase dois anos e que ele ainda desviou dinheiro do dízimo.
Em nota publicada nas redes sociais, a igreja Assembleia de Deus na Paraíba informou que o pastor Péricles Cardoso foi afastado das atividades eclesiásticas após uma reunião realizada no último dia 14 deste mês de julho, onde foram apresentadas várias denúncias contra o líder religioso. Um procedimento disciplinar administrativo também foi aberto.