
A farmacêutica Auramedi foi a selecionada pelo Ministério da Saúde para um contrato de R$ 285,8 milhões, por meio de dispensa de licitação, para fornecer 293,5 mil frascos de imunoglobulina humana. O medicamento é produzido a partir do sangue (hemoderivado) para auxiliar no restabelecimento da imunidade de pacientes acometidos de doenças graves, como a síndrome de Guillain-Barré.
A Auramedi é uma microempresa com sede em Aparecida de Goiânia (GO) e atua como representante brasileira da gigante chinesa, Nanjing Pharmacare. O contrato do Ministério da Saúde foi firmado com a farmacêutica asiática sob o intermédio e a assinatura da Auramedi. A empresa apresentava apenas um funcionário registrado ao menos até março e capital social de R$ 1,3 milhão.
De acordo com o jornal Metrópoles, o processo de contratação da empresa, que deu início no mês de março deste ano, estaria envolto em diversos problemas que vão desde acusações de improbidade contra a empresa até indícios de favoritismo por parte do Ministério.
Tanto a Auramedi quanto o seu representante, Fábio Granieri de Oliveira, são réus em uma ação popular no Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) por improbidade. A denúncia aponta suspeita de fraude em uma contratação, também com dispensa de licitação, durante a pandemia da Covid-19 no município de Parauapebas.
Dados do Portal da Transparência apontam que a Auramedi começou a participar de pregões de órgãos federais de outubro do ano passado para cá e recebeu quantias pequenas para fornecimento de medicamentos, com notas de pagamento de até R$ 6,2 mil.
Veja documentação:



Com informações do Metrópoles.