Um milhão de hectares no pantanal foram destruídos de janeiro até agora em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais, da UFRJ.
O número é três vezes maior que no ano passado inteiro e foi impulsionado pelo recorde de focos de incêndio no bioma neste mês de novembro. São 2.387 focos registrados até a última atualização, no dia 14.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, chegou em Cuiabá na terça-feira (14) para acompanhar a situação no bioma. O governo de MT publicou um decreto de situação de emergência ambiental por 60 dias. Em MS, cinco cidades estão em situação de emergência.
A falta de chuva, as altas temperaturas e ventos fortes dificultam os trabalhos para apagar os incêndios, que se alastram facilmente por conta da vegetação seca.
“Nesse período de novembro o comum é já começar essa precipitação de chuvas aqui no Pantanal. esse acúmulo de dias sem chuvas está propiciando toda essa propagação. Por isso que nessa última semana os focos de calor aqui em Mato Grosso do Sul se intensificaram”, relata Tatiane Inoue, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros.
A vegetação pode levar anos para se recuperar. O fogo também ameaça animais do Pantanal. Segundo biólogos, a fauna ainda não se recuperou dos grandes incêndios no bioma de 2021 e 2022.
“A interferência humana aumentou demais a ocorrência de incêndios. Precisamos agir não só na restauração, mas principalmente na prevenção”, diz Gustavo Figueirôa, da SOS Pantanal.
Ao todo 299 servidores federais atuam no bioma com o apoio de aeronaves e embarcações para combater os incêndios.
Fonte: G1