O coronel do Exército Brasileiro Bernardo Romão Corrêa Neto, um dos alvos da megaoperação Tempus Veritatis, foi preso pela Polícia Federal (PF) na madrugada deste domingo (11), ao chegar dos Estados Unidos. O militar já tinha se entregado à polícia nos EUA, mas havia um mandado de prisão preventiva em aberto contra ele.
Ao chegar ao Brasil, o coronel foi detido pela PF, que o entregou à polícia do Exército. Ele está preso no Batalhão da Guarda Presidencial e já passou por audiência de custódia às 11h. Romão Corrêa Neto é apontado como um dos integrantes do núcleo que tentou dar um suposto golpe de Estado no país e anular o resultado das eleições de 2022.
A prisão foi mantida após audiência de custódia com um juiz. O ministro Alexandre de Moraes ainda precisa deliberar sobre a manutenção. O militar cumpria missão do Exército nos Estados Unidos, na cidade de Washington D.C., até junho de 2025. No entanto, ele teve que voltar após o mandado de prisão ser decretado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável à prisão e ao retorno do militar ao Brasil, com base em evidências da participação dele em atividades relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado, à época em que era assistente do Comandante Militar do Sul.
Interceptações telefônicas no aparelho do ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro (PL) Mauro César Cid revelaram que Bernardo intermediou uma reunião para selecionar oficiais com habilidades militares específicas, em novembro de 2022; redigiu uma carta de pressão destinada ao então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes; e atuou como um homem de confiança em tarefas fora do Palácio da Alvorada.
A investigação identificou que Bernardo agia como homem de confiança de Mauro Cid e executava tarefas que o então ajudante de ordens da Presidência da República não conseguia desempenhar.