A Secretaria de Estado da Saúde (SES) da Paraíba divulgou, nesta quinta-feira (3), o Boletim Epidemiológico das Arboviroses nº 10/2024, que revela um balanço preocupante dos casos de arboviroses no estado. Até o momento, foram contabilizados 15 mil casos, sendo 13.370 de dengue (89,13%), 1.542 de chikungunya (10,29%) e 86 de zika (0,57%). Esses dados referem-se ao período até a 39ª Semana Epidemiológica, encerrada em 28 de setembro de 2024.

O boletim destaca que o número de casos de dengue registrou um aumento superior a 100% em comparação com o mesmo período em 2023, com uma maior incidência nas 1ª, 10ª e 11ª regiões de saúde. Os casos prováveis de chikungunya também aumentaram, mas em uma taxa de 25%. Em contrapartida, os casos de zika apresentaram uma redução de 18% em relação ao ano anterior.

Entre os municípios mais afetados, Campina Grande lidera com 401 casos (13,43%), seguida por João Pessoa com 301 casos (7,56%). Outras cidades sob monitoramento incluem Poço Dantas, com 162 casos (56,06%); Barra de Santa Rosa, com 46 casos (51,69%); e Bonito de Santa Fé, com 21 casos (47,73%).

O boletim também informa que até a 39ª Semana Epidemiológica de 2024 foram notificados 171 casos de dengue com sinais de alarme. Em relação aos óbitos confirmados, há um total de 10 registros, distribuídos entre os municípios de Cabedelo (1), Camalaú (1), Campina Grande (2), Catolé do Rocha (1), Conde (1), João Pessoa (1), Lucena (1), Massaranduba (1) e São João do Rio do Peixe (1). Dois óbitos permanecem em investigação nos municípios de Riachão e São Vicente do Seridó, enquanto 36 óbitos foram descartados em diversas cidades.

De acordo com a técnica do Núcleo de Arboviroses da SES, Carla Jaciara, o aumento nos casos de dengue requer ações imediatas de prevenção e controle. “Mais de 89% dos casos correspondem à dengue, que pode ser contraída até quatro vezes devido à existência de quatro sorotipos: dengue 1, 2, 3 e 4”, destacou.

A Saúde da Paraíba enfatiza a importância da participação ativa da comunidade na prevenção das arboviroses, promovendo a limpeza regular dos lares e a eliminação de potenciais criadouros do Aedes aegypti. “Os cuidados se mantêm praticamente da mesma forma, e a população precisa ter atenção com a prevenção e manejo. O não acúmulo de água é fundamental para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, completou Carla.

Para fortalecer o controle, a SES está realizando, por meio do Núcleo de Doenças e Agravos Transmissíveis e do Núcleo de Entomologia, uma série de reuniões e visitas técnicas, além do monitoramento junto aos municípios. O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) está em andamento, visando avaliar a presença do mosquito em diversos municípios, com resultados previstos para serem concluídos em 15 dias.

Nilton Guedes, chefe do Núcleo de Fatores Biológicos e Entomologia da SES, ressaltou a importância do LIRA no combate às arboviroses. “Este levantamento nos permitirá mapear todo o Estado e direcionar nossas ações de forma otimizada”, afirmou.

O Boletim completo pode ser acessado por meio do link.

Com Portal T5

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