Familiares e amigos do dançarino Admilson Julião Martins, de 53 anos, vítima de homicídio em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, estão se mobilizando para exigir justiça. O homem foi encontrado morto no sábado (21), com pedras no lugar do coração em um terreno atrás da Estação Velha. Além disso, a vítima apresentava ferimentos no pescoço e no tórax. O caso aconteceu por volta das 3h da madrugada, e o corpo foi encontrado por um pedestre.
Nas redes sociais, Myrna Maracajá, amiga de Admilson, se manifestou dizendo:
“Não, não é a imagem desse corpo atirado ao chão, descartado, mutilado, que ficará como os últimos registros da passagem de Admilson nesse mundo terreno. O corpo que vai ficar conosco é o que fez história na dança de Campina Grande. O corpo que foi fundador da dança contemporânea de nossa cidade, ao lado de Romero Mota e Lola Quirino. Um corpo que desenhou as mais belas e transgressoras coreografias. Um corpo que dançou, criou, interpretou. Um corpo que fez estágio em uma das maiores companhias de dança do Brasil, o @ballet.stagium. Um corpo que recebeu bolsa para estudar dança na Suíça. Um corpo-poesia, um corpo-drama, um corpo-mensagem. Um corpo que merece dignidade, respeito e aplauso. Um corpo-oração, um corpo-prece. Não, Admilson, eu não aceito esse final. Eu prefiro criar um outro ato, onde esse corpo transcende o desamor e a violência desse mundo cruel. Eu fico com seu corpo-luz, seu corpo-pulsante, flutuante! No lugar do seu coração, eu derramo flores. E grito: BRAVO!”
A Delegacia de Homicídios de Campina Grande ainda segue investigando a autoria e motivação do ocorrido.
Entenda o caso: