O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou neste sábado (11) uma nota oficial expressando preocupação com denúncias de violações de direitos humanos na Venezuela. A declaração foi emitida após a posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato de seis anos, em um processo eleitoral amplamente questionado por opositores e pela comunidade internacional.
O Itamaraty condenou episódios recentes de prisões, ameaças e perseguições contra opositores políticos, mas destacou como positivos gestos do governo Maduro, como a liberação de 1.500 presos políticos e a reabertura do Escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU em Caracas.
Na última quinta-feira (9), a principal líder opositora, María Corina Machado, foi detida após participar de um ato contra a posse de Maduro, durante o qual tiros foram disparados contra ela e integrantes de seu partido. Detida por algumas horas, María Corina foi liberada posteriormente. Ela havia sido impedida de disputar a presidência e foi substituída por Edmundo González, que se exilou na Espanha após a vitória de Maduro ser anunciada pela Corte Eleitoral.
Sem reconhecer oficialmente a reeleição de Maduro, o governo brasileiro reforçou a importância de garantir direitos básicos aos opositores, como a liberdade de ir e vir e a possibilidade de manifestações pacíficas. Além disso, o Brasil pediu diálogo entre as forças políticas para resolver as crises internas do país.
Paralelamente, o governo Maduro determinou o fechamento das fronteiras da Venezuela com Brasil e Colômbia até a próxima segunda-feira (13), ampliando o isolamento regional e dificultando o tráfego de pessoas e mercadorias.
Com Portal T5