
O custo total do show de Lady Gata, realizado neste sábado (3) no Rio de Janeiro, está estimado em R$ 92 milhões, segundo o jornal O Globo. A produtora Bônus Track, responsável pela organização, angariou uma série de patrocínios de empresas como Santander, Corona e C&A.
Entretanto, há quem conteste sobre o quanto os investimentos milionários num evento de grande porte como este valem a pena para a cidade e se são um bom uso do dinheiro do contribuinte.
A maior parte das despesas será arcada pela iniciativa privada, mas a prefeitura do Rio de Janeiro e o governo do estado prometeram desembolsar R$ 15 milhões, cada, para viabilizar o espetáculo. A cifra representa um aumento de 50% em relação ao valor mobilizado para a apresentação de Madonna, que atraiu 1,6 milhões de pessoas.
Ainda assim, múltiplas publicações nas redes sociais questionaram a abertura dos cofres públicos para investimentos em entretenimento, apesar das graves deficiências em segurança pública, mobilidade, saúde e educação.
Numa mensagem compartilhada 8 mil vez no X (antigo Twitter), o deputado de extrema direita Nikolas Ferreira (PL) republicou o vídeo de uma mulher deitada no asfalto da Avenida Brasil, em meio a um tiroteio, acompanhado da legenda: “Ainda bem que o prefeito do RJ providenciou o show da Lady Gaga no Carnaval”.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, rebateu a crítica e prometeu trazer uma estrela internacional todo mês de maio. Para os próximos anos, Paes já expressou desejo de promover shows da banda U2 e da cantora Beyoncé.
Sob a marca “Todo Mundo no Rio”, o objetivo seria consolidar a praia de Copacabana como palco de grandes apresentações musicais a céu aberto. No passado, multidões já se reuniram na orla para assistir a Rolling Stones, Rod Stewart, Roberto Carlos, Ivete Sangalo, entre outros.
A diferença é que, desde a vinda de Madonna, a prefeitura quer consolidar um calendário oficial.
Fonte: G1