Um crime brutal chocou Campina Grande neste sábado (10), após a Polícia Civil prender em flagrante um homem de 29 anos acusado de matar o professor Gilson Cruz Nunes, de 63 anos, e simular o desaparecimento da vítima em João Pessoa.
Segundo a Polícia, o suspeito mantinha um relacionamento amoroso com Gilson e confessou ter cometido o homicídio no último domingo (4), após um desentendimento na residência onde morava, no bairro do Cuité, em Campina Grande. Durante depoimento, prestado na presença do advogado, ele relatou ter desferido um golpe de faca contra o professor, matando-o no local.
Após o crime, o acusado enrolou o corpo da vítima em um lençol e o enterrou em um orquidário pertencente ao próprio professor, localizado na zona rural de Massaranduba, interior da Paraíba. Para tentar despistar a investigação, o homem viajou até João Pessoa, onde criou uma falsa narrativa de que o professor havia desaparecido na Praia da Penha, supostamente vítima de afogamento.
A farsa mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e do Grupamento Tático Aéreo, que chegaram a realizar buscas no mar. No entanto, diante da ausência de provas que sustentassem a versão do desaparecimento, as Delegacias de Homicídios de Campina Grande e João Pessoa intensificaram as investigações, com apoio da Unidade de Inteligência da Polícia Civil (Unintelpol) e do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
As diligências levaram à confissão do suspeito e à localização do corpo, que havia sido concretado no local do enterro. O Corpo de Bombeiros foi acionado para a exumação e o Instituto de Polícia Científica (IPC) realizou as perícias no cadáver.
O homem foi autuado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, e será encaminhado à audiência de custódia. A investigação prossegue para esclarecer todos os detalhes do caso.