A Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão, proferida pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), nomeou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade que rompeu com Ednaldo, como interventor. Sarney terá a responsabilidade de convocar novas eleições para a presidência da CBF assim que possível.
O magistrado declarou nulo um acordo anterior homologado pela instância superior, justificando a decisão pela suposta incapacidade mental e possível falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, um dos signatários do documento.
Fernando Sarney, apesar de ser vice-presidente até março de 2026, não apoiou a reeleição de Ednaldo em março. Ele e a deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) haviam apresentado pedidos ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a validade de um acordo do início do ano, alegando falsificação da assinatura do Coronel Nunes, com base em um laudo pericial. Esse acordo havia encerrado uma ação que questionava o processo eleitoral da CBF e permitiu a manutenção de Ednaldo no cargo.
Esta é a segunda vez que o TJ-RJ afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A primeira ocorreu em dezembro de 2023, mas ele retornou ao cargo um mês depois por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF.
