Por: Beatriz Virgínia
A Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA) de Campina Grande concluiu nesta quarta-feira (29) o inquérito policial que investigava o atropelamento intencional de um cão comunitário conhecido como “Petrobrás”, ocorrido em outubro do ano passado. O animal era cuidado por funcionários de um posto de combustível e de uma farmácia situados na Rua João Quirino, onde aconteceu o crime.
O crime foi registrado por meio de câmeras de segurança na madrugada de 5 de outubro de 2024, por volta das 2h. As imagens obtidas mostram o momento em que um motociclista, que realizava entregas, reduz a velocidade ao se aproximar do cruzamento entre as ruas João Quirino e Elpídio de Almeida, e logo em seguida acelera e passa por cima do cão, mesmo havendo espaço suficiente para desviar.
Após o impacto, o motociclista deixou o local sem prestar socorro. O cão foi levado por clientes do posto a uma clínica veterinária, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no mesmo dia. A incineração do corpo foi providenciada por funcionários do posto de combustíveis.
Testemunhas do caso prestaram depoimento recentemente e, com base nas evidências reunidas, a Polícia Civil indiciou o suspeito por maus-tratos com resultado morte, conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais. A pena prevista para o crime varia de dois a cinco anos de prisão, podendo ser aumentada de um sexto a um terço, em razão do agravante da morte do animal.