Condenado junto com a deputada Carla Zambelli (PL-SP) pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o hacker Walter Delgatti Neto está preso desde agosto de 2023. Após o fim dos recursos no Supremo Tribunal Federal (STF), ele deixou de estar em prisão preventiva e passou a cumprir pena de 8 anos e 3 meses.
Já Carla Zambelli está foragida na Itália, com o nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, e é alvo de um pedido de extradição feito pelo governo brasileiro. Ela foi condenada a 10 anos de prisão e à perda do mandato, acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ser a mentora do crime.
De acordo com a acusação, a invasão ao sistema do CNJ ocorreu em janeiro de 2023, com o objetivo de desacreditar o Judiciário e fortalecer ataques ao resultado das eleições de 2022. Delgatti chegou a inserir no sistema uma falsa ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, supostamente assinada por ele próprio.
Na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, Delgatti convive com outros detentos conhecidos nacionalmente, como o ex-jogador Robinho, condenado a 9 anos por estupro na Itália; o ex-médico Roger Abdelmassih, condenado por estupro de pacientes; o empresário Thiago Brennand, acusado de agredir mulheres; e Fernando Sastre Filho, condenado por matar um motorista de aplicativo ao bater seu Porsche em alta velocidade, em São Paulo.
Dentro do presídio, Delgatti joga futebol com Robinho, conversa com ele sobre política e já recebeu comida do ex-jogador. O hacker também aprende a jogar xadrez com um ex-prefeito preso e divide cela com um homem acusado de feminicídio.
Por Rodrigo Silva (@rodrigosilvaon)