Um culto evangélico realizado na noite do último domingo (29), em Joinville (SC), foi interrompido por um tumulto após ex-membros da congregação acusarem publicamente o pastor da igreja de adultério. A situação causou revolta entre os fiéis e levou à intervenção da Polícia Militar, que foi acionada para conter os ânimos no templo. Ninguém ficou ferido, e a ocorrência foi registrada como perturbação de culto religioso.
A confusão teve início quando um homem e uma mulher se dirigiram ao altar durante a celebração e, aos gritos, acusaram o líder religioso de manter um relacionamento extraconjugal há três anos. A mulher chegou a exibir um vídeo que, segundo ela, comprovaria a traição. O culto foi interrompido e a cena ganhou repercussão nas redes sociais, onde vídeos do momento foram amplamente compartilhados.
Inicialmente, a direção da igreja divulgou uma nota oficial negando as acusações e alegando manipulação de vídeos e mensagens com o objetivo de causar instabilidade na comunidade. A instituição também informou que está adotando medidas judiciais e extrajudiciais para responsabilizar os autores das publicações.
Confira as imagens:
No entanto, no dia seguinte, segunda-feira (30), o próprio pastor publicou um vídeo nas redes sociais admitindo o adultério. Ao lado da esposa, identificada como bispa Cíntia, ele reconheceu a infidelidade e afirmou que planejava confessar o erro publicamente durante o culto, mas foi impedido pela intervenção dos denunciantes.
“Eu traí a minha esposa, eu pequei e cometi esse grave erro”, declarou o pastor, demonstrando arrependimento. A bispa afirmou que descobriu a traição pouco antes da revelação pública, por meio de mensagens e vídeos recebidos no celular, e que decidiu perdoar o marido após um período de oração e reflexão.
O pastor também negou outras acusações surgidas nas redes sociais, incluindo o uso de dinheiro da igreja para a compra de um carro para a suposta amante. Ele afirmou que o veículo foi adquirido com recursos próprios e apresentou documentos que comprovariam a transação. Também negou envolvimento em denúncias de lavagem de dinheiro, informando que já foi investigado pelo Ministério Público de Florianópolis e o caso foi arquivado.
Ao final da gravação, o pastor anunciou seu afastamento temporário do ministério para um período de reflexão espiritual. Ele afirmou que, embora tenha cogitado deixar a liderança da igreja e até a cidade, decidiu permanecer e enfrentar as consequências do episódio. Também pediu perdão à comunidade e a um membro da igreja que teve o nome exposto indevidamente durante o tumulto.
O caso continua repercutindo nas redes sociais e dividindo opiniões entre os fiéis. Enquanto parte da comunidade prega o perdão e oferece apoio ao pastor, outra defende medidas mais severas por parte da liderança da igreja.
Por Rodrigo Silva (@rodrigosilvaon)