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O Ministério da Economia divulgou a atualização mensal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). De acordo com os dados divulgados ontem, (29), a Paraíba amargou no mês de maio mais um saldo negativo na geração de empregos, motivado pela pandemia do novo coronavírus.

Conforme o levantamento, 3.405 postos de trabalho com carteira assinada foram encerrados na Paraíba somente no quinto mês do ano. A maioria dos trabalhadores desligados é do gênero masculino (-1978), com segundo grau completo, faixa etária de 30 a 39 anos e salário médio de R$ 2.082.

No acumulado do ano a Paraíba acumula a perda de 18.654 empregos formais, aparecendo como o 13º estado da federação que mais fechou vagas e o 5º da região Nordeste, atrás dos estados de Pernambuco (- 63.558), Bahia (- 56.128), Ceará (-37.389) e Alagoas (-29.097). Mesmo assim, o número de desligamentos é menos da metade dos registrados no mês de abril, quando os impactos da pandemia começaram a serem sentidos na economia brasileira e a Paraíba bateu o recorde de 8.837 demissões.

O setor de serviços aparece em primeiro lugar (-1.404) como o que mais demitiu trabalhadores ao longo do mês de maio, seguido por comércio (-871), indústria (-791) e construção civil (-621).

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL-PB), José Lopes da Silva Neto, classificou os números do CAGED como preocupantes. Para ele, o fechamento de vagas de emprego é reflexo de ações mal elaboradas, por parte dos gestores públicos, para lidar com a pandemia de covid-19.

“Tudo o que está acontecendo na questão das demissões está ligada à pandemia, pois está causando o enfraquecimento da nossa economia. Isso tem se agravado devido ao comportamento de alguns gestores públicos que tiveram tempo suficiente para traçar planos de retomada que permitissem o retorno dos setores produtivo e nada foi feito de forma coerente com a nossa realidade local”, disse.

Tomando como base a quantidade de pessoas que está perdendo o emprego por causa da pandemia, José Neto defendeu o retorno do comércio nas cidades paraibanas que seguem com restrições e explicou que a prioridade dos empresários é a vida. “A nossa preocupação sempre foi a questão humana. Tanto no que diz respeito à saúde das pessoas que precisam se proteger do vírus, quanto no que se refere à sobrevivência tributária, que significa a permanência das empresas, dos empregos”, finalizou.

Com Parlamento PB

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