Foto: Ascom UFCG

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A coordenadora do curso de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), professora Deborah Dantas, em contato com o portal PARAIBAONLINE, questionou as declarações dadas pelo estudante Íkaro Cavalcante Agra, representando 120 alunos, do quinto e do sexto ano do curso, a respeito de uma possível não colaboração da instituição para a retomada do internato nas unidades públicas de saúde de Campina Grande.

De acordo com a fala de Íkaro, a UFCG não demonstrou nenhum impedimento jurídico para o retorno, cabendo à coordenação do curso a decisão da retomada das atividades encerradas no mês de março, devido à pandemia do coronavírus.

Ao questionar as declarações do estudante, Deborah Dantas afirmou, em documento enviado ao PARAIBAONLINE, que a coordenação sempre deu apoio para que os alunos participassem de programas de estágios, e que “autorizou a participação voluntária dos alunos nos programas do governo federal, tipo ‘Brasil Conta Comigo’, programa em que os alunos, de forma voluntária, se inscrevem para participar de ações contra a doença COVID-19”.

Neste caso, a responsabilidade é de cada voluntário, e os equipamentos de proteção individual (EPIs) são fornecidos nos locais de trabalho. A participação neste programa, segundo ela, garante que as atividades sejam aproveitadas e descontadas no tempo dos alunos nos estágios do Internato.

Deborah Dantas também discordou da afirmação de que a retomada das atividades foi autorizada pelo secretário de Saúde de Campina Grande, Filipe Reul.

Segundo ela, a “Secretaria não pode interferir nas decisões da UFCG, nem tem qualquer ingerência sobre os alunos dessa Universidade, não podendo, portanto, ‘autorizar’ os alunos a voltarem a frequentar o Internato, principalmente quando ‘autoriza’ a volta de alunos sem se responsabilizar pelo fornecimento de EPIs”.

Com relação a reunião realizada pela Pró-Reitoria de Ensino da UFCG, com os alunos de Medicina, Deborah Dantas disse que “a síntese das falas na reunião é de que só poderá haver a volta das atividades presenciais do Internato se for garantida a segurança, fato que vai depender de várias considerações. Foi sugerida por integrantes da própria PRE, uma consulta à Procuradoria Federal, de forma que não podemos ainda afirmar, sem a resposta do Procurador, que não haverá impedimento jurídico para a volta das atividades presenciais”.

Ainda a professora: “a Coordenação nunca deixou de ter objetividade, como pode se ver no conteúdo das respostas aqui relatadas, e não foi “cobrada” a fazer tudo isso, porque será uma ação integrada entre várias instâncias, não sendo possível nem justo atribuir-se todas as responsabilidades a uma pessoa só. Os alunos já contribuem com a sociedade pelo fato de estarem estudando para tornarem-se médicos; por enquanto não podem agir sem a presença de um professor ou preceptor”.

Por fim, ela destacou: “não concordamos com a ação de ‘pressionar’ seja quem for, da forma que foi falada aqui, pois acreditamos no diálogo e na responsabilidade dos que compõem a UFCG. Esclarecemos que a Coordenação do curso jamais impediu que os alunos voltassem às atividades presenciais, pois não é a Coordenação que determina esse tipo de decisão, mas a Reitoria, PRE, Procuradoria Federal, sendo seguidas as instruções das Instâncias superiores pelo CCBS, UAMED e finalmente a Coordenação”.

Com Paraíba Online

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