Defesa de corretor acusado de matar taxista em 2019 pede reconstituição do crime — Foto: Reprodução

A defesa do corretor de imóveis acusado de matar um taxista a tiros após discussão, no bairro do Bessa, em João Pessoa, pediu uma reconstituição do crime em audiência de instrução, que aconteceu na tarde desta segunda-feira (19), em João Pessoa, de acordo com o Ministério Público da Paraíba. A audiência foi adiada por conta da ausência de uma assistente técnica – uma das peritas que seriam ouvidas pela defesa. Uma nova sessão será marcada, ainda sem data definida.

Segundo informações do promotor do caso, Edjacir Luna, foram ouvidas duas testemunhas de defesa e uma perita. Entretanto, a audiência foi adiada em virtude da ausência de uma das assistentes técnicas, uma das peritas, que está com Covid-19. Diante disso, a defesa de Gustavo Teixeira Correia pediu um requerimento de reconstituição do crime ao juiz Antônio Maroja Limeira.

Na audiência, segundo o Ministério Público, o juiz pediu que os autos fossem digitalizados e migrados para um processo eletrônico, considerando que esses autos são físicos e o processo fica mais lento por conta disso. Com a digitalização, uma nova audiência será marcada.

A advogada de Gustavo Teixeira, Erika Bruns, alegou que a reconstituição foi pedida porque não se sabe o momento exato da morte de Paulo Damião. De acordo com ela, existem imagens que mostram quando Gustavo efetuou os disparos da arma de fogo. Depois disso, existem também imagens onde outra pessoa teria prestado os primeiros socorros.

O promotor de Justiça Edjacir Luna disse que o requerimento da reconstituição do crime é uma tentativa da defesa de procrastinar o julgamento e que a atitude do corretor é injustificável, já que o crime foi confessado pelo réu e câmeras de segurança filmaram a ação.

“A audiência foi adiada para ouvir um outro parecer técnico, sobre o longa manus do Estado; o que apurou-se, e a defesa agora está querendo requerer também, como forma postergatória a reconstituição de um fato absurdo. (…) Nós não fazemos nenhum objeção a isso, se for o caso, mas é uma coisa absolutamente inaceitável, do ponto de visto lógico. A gente só entende isso como forma de esperneio processual defensivo”, afirmou.

ENTENDA O CASO

Em fevereiro de 2019, o corretor de imóveis Gustavo Teixeira Correia, de 42 anos, estava bêbado e era levado para casa por um motorista de transporte por aplicativo. No entanto, ao chegar perto do local, se irritou com um taxista que estava demorando para manobrar um veículo.

De acordo com o coronel da PM Lívio Delgado, o suspeito reclamou com o taxista, que respondeu à reclamação com um xingamento, após fazer uma manobra em uma rua no bairro do Bessa. O homem desceu do carro do em que estava e atirou seis vezes contra a vítima, fugindo a pé em seguida para a casa dele, onde se trancou no local, com a esposa.

O taxista Paulo Damião era casado e pai de dois filhos, uma jovem de 20 anos e um menino de 8. Segundo o irmão, Paulo nunca tinha se envolvido em confusões no trânsito, mesmo estando diariamente dirigindo o táxi.

Taxista Paulo Damião foi assassinado a tiros durante briga de trânsito, em 2019. — Foto: Reprodução

Segundo a Polícia Militar, no momento do crime o suspeito estava bêbado e sendo levado para casa por um motorista de aplicativo. Ele teria curso de tiro. O homem foi autuado em flagrante por homicídio doloso. A arma do crime não foi encontrada, segundo informou a delegada Roberta Neiva, à época.

Um dia após o crime, o acusado passou por uma audiência onde foi decretada a prisão preventiva. O corpo do taxista Paulo Damião dos Santos, de 42 anos foi enterrado sob forte comoção de amigos, parentes e colegas de profissão no dia 17 de fevereiro de 2019, em João Pessoa.

Com G1/PB

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