Jornalistas podem integrar o grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. O Projeto de Lei que inclui a categoria foi protocolado na tarde de ontem, 8, pelo deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT). O documento reconhece que os profissionais da imprensa desempenham atividades essenciais à população durante a pandemia e estão expostos a alto risco de contágio.
Na justificativa do projeto, Dagoberto cita dados que comprovam o alto nível de transmissão e de mortes por Covid entre os profissionais da imprensa. De acordo com a última pesquisa divulgada pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o Brasil é líder mundial de mortes por coronavírus entre jornalistas. Entre abril de 2020 e março de 2021, foram 169 vítimas da doença.
“Apenas nos três primeiros meses deste ano, 86 casos fatais foram registrados. Um aumento, até agora, de 8,9% de mortes em comparação com 2020. A média diária de óbito dos profissionais por mês no ano passado foi de 8,5. Em 2021, essa média alcança 28,6 mortes. É como se um jornalista morresse por dia no Brasil”, argumenta o deputado federal.
Além disso, outra informação ressaltada é uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), que classifica a classe jornalística entre as mais expostas à Covid-19, com chance de contágio de 52%.
Repercussão do assunto
No Dia do Jornalista, 7 de abril, a inclusão dos jornalistas no grupo prioritário de vacinação foi solicitada também ao Ministério da Saúde. O pedido foi feito pelo senador Nelsinho Trad (PSD).
Além disso, o PL apresentado tem como base as prefeituras de municípios de todo o país que já anunciaram a implementação da medida e os pedidos de sindicatos dos jornalistas. Em Teresina, no Piauí, foi anunciado pelo prefeito que os jornalistas, professores e agentes da Guarda Civil farão parte do grupo prioritário. Até o momento, não foi informada a fase da qual eles farão parte.
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