Diz o ditado que quem é manco parte cedo! Será que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato a presidente pelo PT em 2022, está pensando assim? Pois bem: como já não esconde de ninguém que vai mesmo à disputa no ano que vem para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro, o petista quer repetir o que aconteceu em 2002, quando se elegeu para o Palácio do Planalto pela primeira vez.
Lula quer ter alguém do mundo empresarial, com grande influência, na chapa. Em 2002 e 2006, teve como candidato a vice o megaempresário José Alencar Gomes, da Coteminas, com quem ficou até 2010 no governo. Agora quer repetir a dose com Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, com lojas espalhadas em todo o Brasil, inclusive, aqui na Paraíba.
Com isso, o petista quer matar vários coelhos com uma cajadada só: mulher, empresária, influente e bilionária, com muito fôlego para ajudar financeiramente na campanha. Sua fortuna é avaliada em 4,5 bilhões de dólares. Além do mais, como seria uma pessoa nova na política, nada existe que desabone a sua conduta.
Luíza vive um bom momento de sua vida pessoal e empresarial: o Magazine Luiza “navega em céu de brigadeiro”, crescendo a cada dia. E ela, que integra a lista dos mais ricos do país (é a mulher mais rica do Brasil), foi eleita esta semana pela revista americana Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. É a única brasileira na lista de 2021. Em 2020, a seleção da revista trazia dois brasileiros: Jair Bolsonaro e o influenciador digital Felipe Neto.
O texto sobre a empresária publicado pela Time foi assinado por Lula. “Em um mundo corporativo ainda dominado por homens, Luiza Trajano conseguiu transformar o Magazine Luiza em um gigante do varejo”, escreveu o ex-presidente. Ele destacou ainda as ações sociais desenvolvidas por Luiza Trajano, especialmente neste período de pandemia.