O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou nesta quinta-feira (16) os estados e municípios que anteciparam a aplicação de doses de vacinas contra Covid-19 em adolescentes sem comorbidades. Mas, não explicou o motivo para a imunização deste público, de 12 a 17 anos, passar a não ser mais recomendada, orientação modificada por meio de uma nota informativa, emitida pelo ministério.

Outra crítica feita por Queiroga foi de que estados e municípios também teriam aplicado vacinas não autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O agente imunizante autorizado pela Anvisa é o imunizante da Pfizer. E o que nos observamos, além de antecipar a aplicação doses em adolescentes, a aplicação de outras vacinas para adolescentes em comorbidades”, reforçou.

As declarações foram feitas pelo ministro durante em entrevista para a TV Cabo Branco, na Paraíba (veja a entrevista completa abaixo). Ele não disse se os adolescentes que receberam as primeiras doses dos imunizantes podem receber também a D2.

Conforme a nota divulgada pelo ministério, a vacinação deve ficar restrita a três perfis específicos:

  • adolescentes com deficiência permanente,
  • adolescentes com comorbidades,
  • e adolescentes que estejam privados de liberdade.

A recomendação anterior da pasta era de que a vacinação para esses adolescentes poderia ser a partir do dia 15.

Argumentos do ministério

O ministério ressalta que os adolescentes sem comorbidades seriam o “último subgrupo elegível para vacinação e somente vigoraria a partir do dia 15 de setembro”.

Em suas justificativas para deixar de prever o público amplo, a nota diz que a “Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades”.

Entretanto, a OMS explica que “crianças e adolescentes são menos propensos a ter complicações por causa da doença, e diz que a vacinação ampla deste público é “menos urgente” do que vacinar outros grupos, como pessoas mais velhas, com comorbidades e trabalhadores da saúde.

Além disso, destaca ainda que a “maioria dos adolescentes sem comorbidades” não sofrem de casos graves da doença, que há “somente um imunizante” avaliado em ensaios clínicos, e que “os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos”.

Por fim, o governo diz que a “redução na média móvel de casos e óbitos (queda de 60% no número de casos e queda de mais de 58% no número de óbitos por covid-19 nos últimos 60 dias) com melhora do cenário epidemiológico”.

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