O presidente estadual do PSDB na Paraíba, deputado federal Pedro Cunha Lima criticou a forma como foi aprovada a Reforma Administrativa na Comissão Especial na Câmara dos Deputados, na qual foram mantidas benesses para promotores e juízes e retira direitos dos servidores públicos.
A votação ocorreu na sessão da última quinta-feira (23) quando o texto-base foi aprovado por 28 votos favoráveis e 18 contra.Entre os pontos mais polêmicos, o texto manteve os instrumentos de cooperação com a iniciativa privada e preservou os benefícios de juízes e promotores, como as férias de 60 dias.
A Proposta ainda seguirá para análise no Plenário da Câmara e para ser aprovada, são necessários dois turnos de votação.
Segundo Pedro Cunha Lima, foram retiradas as alterações que mexiam com as benesses dessa categoria e que desde de 2015, vem batendo na tecla para que se faça a reforma do óbvio. Para o deputado é preciso dar um basta nesse adiamento dessa reforma que ele chama de reforma dos privilégios.
“Não faz sentido um país pagar auxílio-creche, que sai do orçamento público, para uma autoridade que recebe mais R$ 20 mil reais por mês e pode pagar a mensalidade de creche para o filho e esse mesmo país não tem creche pública para as crianças mais pobres ou muitas das vezes não se tem vagas. Paga auxílio-livro e não tem biblioteca na escola pública. Paga auxílio-mudança e não garante moradia para quem precisa. Isso chegou ao limite”, destacou.
O deputado destaca ainda que para quem tem no mínimo sensibilidade social, que se comove com o drama de pessoas que precisam de tudo não pode admitir que essa “sujeira”seja jogada para debaixo do tapete.
“ Eu respeito profundamente todas as autoridades, não tenho nada contra e sei que cada um cumpre uma função fundamental no estado democrático de direito, mas o cumprimento dessa função, que é de fundamental importância, não torna razoável esses excessos, esse universo paralelo”, avaliou.
Com Paraíba Online