247 – A Procuradoria-Geral da República, comandada por Augusto Aras, determinou o arquivamento da apuração preliminar, aberta em dezembro do ano passado, para apurar o uso de R$ 150 mil em dinheiro vivo feito pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) utilizado na compra de dois apartamentos comprados localizados na Zona Sul Rio de Janeiro entre 2011 e 2016. O procedimento, de acordo com reportagem de Juliana Dal Piva, no UOL, foi arquivado sem que nenhuma documentação referente ao caso tenha sido solicitada.
De acordo com a reportagem, o arquivamento do caso foi solicitado pelo promotor Bruno Fernandes da Silva Freitas, que foi cedido pelo MP do Pará para atuar como membro auxiliar no gabinete da PGR. Segundo ele, existe uma “ausência de lastro mínimo probatório que dê ensejo à atribuição da Procuradoria-Geral, haja vista que a notícia de jornal não é sequer indício de crime praticado, mas apenas uma narrativa de profissional de jornalismo”. O caso foi denunciado em setembro por meio de uma reportagem da própria Juliana Dal Piva com base em documentos públicos registrados em cartório pelo parlamentar.
O promotor errou, ainda, ao afirmar que o caso trataria de “suposta conduta em período anterior ao exercício de mandato de deputado federal da República, e sem vinculação ao cargo mencionado”. “Ele não verificou que um dos pagamentos, o de R$ 100 mil em espécie, ocorreu em 2016, quando Eduardo Bolsonaro estava no seu primeiro mandato”, destaca a reportagem.