Policiais militares promoveram uma manifestação na manhã desta terça-feira (04) na Praça da Independência, Centro de João Pessoa/PB. O ato aconteceu de forma simultânea à reunião liderada pelo governador João Azevêdo (Cidadania) com entidades que representam as categorias.
O protesto é liderado pelo deputado estadual Cabo Gilberto Silva (PSL), líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e pré-candidato ao Governo da Paraíba nas eleições de outubro. O parlamentar é uma das lideranças do presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado.
No centro das discussões da reunião entre o Estado e a Polícia Militar, estão a a aprovação da Lei de Proteção Social, fim da chamada bolsa desempenho – método adotado pelo governo Ricardo Coutinho (PT) para dar acréscimo nos salários dos policiais sem que o valor constasse no topo do contracheque – e reajuste salarial.
Em entrevista exclusiva à Rede Mais, o governador afirmou que o estado buscará ir a todos limites possíveis para atender às demandas apresentadas nos encontros.
“Dentro dos limites legais, eu estou disposto a ir a um limite para atender a uma categoria que tem feito com que a Paraíba seja reconhecida como a melhor segurança do Norte e Nordeste. Você acha que eu não teria respeito por esses homens e mulheres que fazem a segurança? É claro que eu tenho. Só que enquanto governador, eu tenho os limites”, disse.
O que esperam as categorias
A reunião de hoje foi marcada na semana passada após uma série de reclamações e protestos por parte de alguns militares, a maior parte dos policiais foram inflados pelo deputado Cabo Gilberto Silva (PSL), líder da oposição e pré-candidato ao Governo do Estado no pleito de outubro.
O presidente da da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar do Estado da Paraíba (Assof-PB), Luiz Antônio, aposta que o impasse entre o Estado e policiais será solucionado.
“A expectativa nossa, é das melhores. A gente confia que o governo traga uma proposta satisfatória que atenda todos os militares, tanto da Polícia quanto dos Bombeiros, e também os pensionistas. A questão de o governo querer resolver este impasse da bolsa desempenho, que automaticamente é a melhoria do salário para todos, esse é o ponto crucial. Se resolver o problema salarial, em decorrência se resolvem os demais”, disse Luiz Antônio.
Esse é o mesmo pensamento da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba. À reportagem, o presidente da entidade, Sterferson Nogueira, afirmou que a principal reivindicação a ser apresenta a João Azevêdo é a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração. Nogueira disse entender que é uma “situação difícil” de se resolver de forma imediata, mas os policiais estão “abertos” a encontrar a solução a médio prazo.
“A gente tem acompanhado as últimas entrevistas do governador, tem visto que o governo vai até o limite, pelo que o próprio governador falou, para resolver essa situação. A Polícia Civil tem uma demanda histórica, que é o PCCR, a gente em 40 anos de instituição nunca teve um PCCR. Todas as entidades da Polícia Civil têm buscado o diálogo desde o princípio. Nós não estamos fazendo qualquer tipo de movimento, mas buscando e tentando ao máximo conversar e tentar na mesa, no diálogo, resolver essa situação”, avaliou.
com MaisPB