Após dias de escalada de tensão e ameaças, a Rússia de Vladimir Putin atacou a Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira (24).
Pouco depois de Putin ter autorizado, em pronunciamento pela TV, uma operação militar nas regiões separatistas do leste da Ucrânia, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país. A Ucrânia informou que pelo menos oito pessoas morreram e nove ficaram feridas.

Em seu pronunciamento, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que impôs a lei marcial no país e pediu que a população permaneça calma.
“Caros cidadãos ucranianos, esta manhã o presidente Putin anunciou uma operação militar especial em Donbas. A Rússia realizou ataques contra nossa infraestrutura militar e nossos guardas de fronteira. Ouviram-se explosões em muitas cidades da Ucrânia. Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso país”, declarou.

A Embaixada da China na Ucrânia pediu que os cidadãos chineses fiquem dentro de casa e coloquem bandeiras chinesas em seus carros “por segurança”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que pare de “atacar a Ucrânia” e dê uma chance à paz.
Em meio às explosões relatadas, militares russos negavam que as cidades ucranianas estavam sendo alvo de ataques. “As Forças Armadas russas não estão lançando mísseis ou ataques de artilharia nas cidades da Ucrânia. Armas de alta precisão destroem a infraestrutura militar: aeródromos militares, aviação, instalações de defesa aérea das Forças Armadas da Ucrânia”, afirma comunicado russo. “A população civil não está em risco.”
De CNN