Existe muita divergência entre as pesquisas e se realizarmos uma análise comparativa fica claro que há uma diferença muito grande de um instituto para outro. Uns são mais ligados a bancos, outros próximos ao PT e alguns associados a Bolsonaro. Então, os ajustes feitos trazem essa impressão de descrédito, mas na média agregada dos dados dá para ter uma noção do cenário”, afirma o professor Joseilme Fernandes Gouveia, doutor em Estatística pela Universidade Federal da Paraíba e livre docente de Estatística Aplicada.
Para ele, com a saída de Moro, Bolsonaro cresceu, mas outros fatores também estão influenciando a cabeça do eleitor, como o Auxílio Brasil. “Poucas pessoas sabem, mas em campo fazendo pesquisas eu percebi que a aprovação de Bolsonaro nas pequenas cidades durante a pandemia cresceu muito com empolgação em função do auxílio emergencial e hoje devido ao Auxílio Brasil”, disse.
A mobilização para conseguir o benefício resultou em muitas irregularidades e algumas pessoas tiveram que devolver o que receberam, porque estavam fora dos critérios. Joseilme Fernandes defende a tese de que as questões econômicas poderão ser decisivas no resultado das eleições de 2022
O especialista ensina que a confiabilidade das pesquisas de intenção de voto estão centralizadas na aleatoriedade das amostras, residindo nesse ponto a questão fundamental para entender como são feitas as fraudes nas pesquisas, distorcendo a coleta aleatória que é um fundamento essencial da amostragem na estatística.
“Evidentemente tem uma questão ética envolvida e os vieses existem e podem fazer com que os resultados obtidos não reflitam a realidade eleitoral pesquisada”. Além disso, existem diversas variáveis que impactam diretamente no resultado que os eleitores não conhecem, tais como tamanho da amostra, perguntas, localidades das entrevistas entre outras.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Dr. Joseilme Fernandes Gouveia
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