Felipe Nunes Félix de Farias ao lado do filho Gael, assassinado em 2021 — Foto: Arquivo pessoal/ Verônica Nunes

O empresário paraibano Felipe Nunes Félix de Farias, de 36 anos, declarou nesta terça-feira (21) que a sua vontade é ver a ex-esposa, Andréia Freitas de Oliveira, ir a júri popular e ser julgada pelo assassinato do filho de ambos, Gael Freitas Nunes, à época com três anos de idade. E que vai recorrer de uma eventual decisão judicial de absolvê-la.

Andréia é acusada de agredir, sufocar e matar Gael em 10 de maio de 2021, no apartamento onde a dona de casa e a vítima moravam no Centro de São Paulo. Nesta segunda-feira (20), contudo, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu a “absolvição sumária” da ré por considerá-la inimputável. O pedido se baseia num laudo do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc) que destaca que a mulher tem “transtorno dissociativo” e que por isso não tinha consciência de suas ações no dia do crime.

O MPSP defende uma “imposição de medida de segurança de internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico”, mas o pai do menino morto não pretende aceitar isso.

“Eu e meus advogados estamos esperando a decisão do juiz, que ainda vai decidir se aceita ou não esse pedido. Dependendo da decisão do juiz, a gente vai recorrer”, destacou. “A minha vontade e a de meus advogados é levá-la a júri popular”, completa Felipe.

O paraibano explica que não acredita na tese de transtorno psiquiátrico, que na opinião dele ela sabia exatamente o que estava fazendo e que por isso quer vê-la cumprir pena.

A dona de casa Andréia Freitas de Oliveira, de 37 anos, é acusada de agredir e asfixiar o filho Gael Freitas Nunes, 3 anos — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

“Eu mesmo não acredito que ela tenha o transtorno. Ela precisa pagar pelo crime que cometeu com o meu filho”, frisou Felipe.

Andréia se encontra atualmente presa preventivamente na penitenciária feminina de Tremembé, no interior paulista. Em 21 de maio de 2021, a pedido do próprio MPSP, a justiça paulista a transformou em ré de assassinato doloso contra o próprio filho.

Agora, no entanto, com base em novas evidências, o MPSP modifica a sua estratégia. Se o pedido da promotoria for aceito, Andréia deve ser transferida para algum hospital de custódia, onde permaneceria reclusa.

Após o crime, o corpo de Gael foi trasladado, velado e enterrado em Prata/PB, no Cariri paraibano e terra natal de Felipe. O caso causou grande comoção na cidade à época.

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