Foto: Reprodução

A Argentina fez nesta terça-feira, contra a Croácia, aquilo que o Brasil não conseguiu: foi competitiva, teve atuação segura na defesa, aproveitou as chances que criou, contou com a inspiração de um gênio e garantiu lugar na final da Copa do Mundo do Catar. A vitória por 3 a 0, gols de Messi (de pênalti) e Julián Álvarez (duas vezes, uma delas em linda jogada do camisa 10), deixou a equipe sul-americana a um jogo de encerrar uma espera que se arrasta desde 1986, quando conquistou o bicampeonato. A final será contra França ou Marrocos, que se enfrentam nesta quarta. E representará a última chance de Lionel Messi, o craque de uma geração, ganhar uma Copa – a taça que falta, a maior conquista.

A Argentina agora espera o adversário da final de domingo, às 12h (de Brasília), no estádio Lusail. O adversário será o vencedor da outra semifinal: França x Marrocos, às 16h desta quarta-feira. A Croácia disputará o terceiro lugar com o derrotado desta partida.

A sexta final

A Argentina garantiu presença em uma final de Copa do Mundo pela sexta vez. Foi campeã em 1978 (contra a Holanda) e 1986 (contra a Alemanha). Perdeu a decisão em 1930 (para o Uruguai), 1990 (para a Alemanha) e 2014 (para a Alemanha, com Messi em campo).

Simplesmente Messi

Ele sempre decide. Foi nos pés de Lionel Messi que se iniciou a vitória argentina. Em cobrança de pênalti perfeita, indefensável, ele abriu o placar. No segundo tempo, fez jogada de gênio ao passar como quis pelo zagueiro Gvardiol e dar o passe para Julián Álvarez marcar. De quebra, aumentou seu cardápio de recordes. Virou o jogador em atividade com mais gols em Copas (11) e ultrapassou Batistuta como goleador argentino em Mundiais. Também empatou com o alemão Matthäus como atleta com mais jogos em Copas (25) – bastará ir a campo domingo para se isolar como recordista. Ah, e empatou com Mbappé na artilharia desta edição, com cinco gols. Tem tudo para ser eleito o craque da Copa.

Estrela do jogo

Luka Modric mostrou as características de sempre: qualidade no passe, movimentação, capacidade de estar sempre perto da bola. Mas não conseguiu se sobressair como fez contra o Brasil – nem nas jogadas de bolas paradas, quase todas afastadas pela defesa argentina. Acabou substituído aos 35 minutos do segundo tempo. Aos 37 anos, provavelmente se despediu das Copas com um cartel respeitável: três edições disputadas, uma final em 2018, uma semifinal em 2022.

Decisivo!

Messi é Messi, os olhos estão sempre nele. Mas Julián Álvarez, de apenas 22 anos, foi outro grande nome do jogo. O atacante do Manchester City esteve diretamente envolvido nos três gols. Sofreu o pênalti do primeiro, marcado por Messi, e marcou os outros dois, em lindas assistências de Enzo Fernández e do próprio Messi. Com quatro gols, é vice-goleador da Copa, atrás apenas de Mbappé e do camisa 10 argentino, que somam cinco cada.

Festa em azul e branco

O recital de Messi foi acompanhado por milhares de torcedores argentinos no estádio Lusail, ampliando a festa feita nos últimos dias em Doha. 

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