A Polícia Federal realiza, na manhã desta terça-feira (3), uma operação para combater a ação de uma organização criminosa que fraudava a concessão de salário maternidade. A ação ocorre com o apoio do Núcleo de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério da Previdência e Trabalho.
De acordo com a PF, foram expedidos três mandados de busca e apreensão, sendo um cumprido em João Pessoa na residência de mulher que além receber o benefício fraudulento, arregimentava outras mulheres para participarem do esquema. Os outros dois mandados foram cumpridos no estado de Goiás, em uma sede de uma empresa e outro na residência de um servidor do INSS que supostamente atuava no cadastramento de dados para concessão dos benefícios irregulares.
Ainda conforme as informações da Polícia Federal, a empresa responsável pelas fraudes tem sede na cidade de Pontalina, no estado de Goiás, e coordenava a ação criminosa em todo território nacional. No esquema, a empresa cooptando mulheres gestantes por meio de redes sociais na internet, para demandar o benefício de forma fraudulenta, criando vínculos empregatícios domésticos por meio do E-Social, com fortes suspeitas de irregularidades
A investigação teve início com a análise dos dados obtidos após a prisão em flagrante de duas beneficiárias em João Pessoa, uma ainda gestante e outra lactante, ocorridas nos dias 5 e 6 de dezembro de 2022, quando realizavam o saque de valores de salário maternidade obtidos de forma fraudulenta.
De acordo com as investigações, as fraudes contabilizaram pelo menos 56 benefícios considerados irregulares, causando prejuízo estimado em mais R$ 260 mil aos cofres públicos.