
Por Verton Ribeiro
Mais de 40 alunos de uma escola pública de Laranja da Terra, no Espírito Santo, precisaram ser levados ao hospital após um teste de tipagem sanguínea realizado por um professor de Química. O educador teria utilizado a mesma agulha para todos os 44 estudantes, o que gerou preocupação com possíveis infecções. Os alunos, com idades entre 16 e 17 anos, foram hospitalizados para a realização de exames, mas os testes rápidos não identificaram doenças.
Diante da gravidade do caso, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) encerrou o contrato do professor e acionou a Corregedoria para investigar a situação. Além disso, foi realizada uma reunião entre representantes das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde para definir o protocolo de acompanhamento dos estudantes, que passarão por novos testes em 30 dias. A escola também promoveu um encontro com pais e alunos para esclarecer dúvidas.
A denúncia foi feita pelo pai de uma aluna, que acionou a Polícia Militar ao tomar conhecimento do ocorrido. Segundo a PM, o professor utilizou apenas álcool 70% para higienizar as mãos dos estudantes antes da perfuração, sem trocar a lanceta. Os alunos estavam na Unidade de Saúde no momento em que os policiais chegaram para apurar o caso, onde a diretora da escola já havia notificado a Secretaria de Saúde do município.
O professor deixou o local antes da chegada das autoridades, alegando medo de represálias por parte dos pais. O prefeito de Laranja da Terra, Joadir Lourenço, afirmou que a escola é administrada pelo Estado, mas garantiu que o município prestou assistência de saúde aos alunos. As investigações continuam para apurar a conduta do docente.