Nesta quarta-feira (25), a vereadora Jô Oliveira, do PCdoB, ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Campina Grande para lembrar que completaram-se três meses da morte de Danielle Morais e do bebê Davi Elô, em um caso de possível violência obstétrica no ISEA que repercutiu em todo o estado.
Em sua fala, a parlamentar voltou mais uma vez a cobrar respostas e justiça sobre o ocorrido com Danielle e Davi.
“Foi instalada uma sindicância tendo a composição do conselho e uma série de entidades, mas nós estamos há três meses sem respostas. Há três meses inclusive essa sindicância está a todo tempo tendo seu prazo prorrogado e a família continua inclusive no aguardo dessa sindicância. E eu pergunto: por que que a gente não tem o resultado dela? Por que ela tá sendo jogada para a frente?”, questionou Jô.
O caso segue sem esclarecimentos oficiais, mesmo após a abertura formal da sindicância em 20 de maio. Desde então, a família de Danielle Morais tem buscado justiça e segue cobrando das autoridades uma resposta concreta.
“Faz três meses que duas famílias estão enlutadas, que lamentam a morte de Davi Elô e Danielle Morais. Inclusive, nós aprovamos semana passada uma lei que nós intitulamos Danielle Morais, falando exatamente sobre essa questão do acompanhamento e orientação com relação ao momento do parto ou do pré-natal”, lembrou a vereadora, se referindo à lei de sua autoria, aprovada recentemente na CMCG.
A parlamentar destacou ainda o apelo público da família nas redes sociais e reforçou a necessidade de respostas da Prefeitura de Campina Grande e da sindicância em andamento.
“A família espera um retorno da PMCG, mas acima de tudo dessa sindicância. E a gente precisa que, por meio desta, a gente consiga entender o que de fato aconteceu e evitar que outras famílias venham a passar por isso.”
Jô Oliveira tem atuado ativamente no combate à violência obstétrica e reafirmou seu compromisso com a memória de Danielle e com a defesa dos direitos das mulheres. A cobrança feita por ela nesta quarta-feira amplia a mobilização por justiça e tenta pressionar o poder público a dar uma resposta concreta à dor de duas famílias e de toda uma sociedade que não pode mais tolerar a negligência.