Representantes da Guarda Municipal de Campina Grande, no Agreste do estado, denunciam o que consideram “descaso” por parte da Prefeitura. Sem equipamentos básicos como coletes balísticos, spray de pimenta e algemas, os 42 profissionais reclamam que não podem trabalhar como se deve. Além disso, o alojamento, segundo eles, nunca passou por reformas, não tem camas suficientes e tem ninhos de ratos.
“Alguns guardas precisam tirar seu descanso no chão. Recentemente, um rato fez ninho em um dos colchões que vale dizer que foram doados pelo sistema penitenciário há alguns anos”, diz a denúncia, encaminhada ao Blog do Márcio Rangel pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab).
Segundo o secretário de comunicação do Sintab, Napoleão Maracajá, os profissionais são os mais abandonados pela gestão e não quiseram se identificar por medo de represálias. “Não sei se é uma questão política, porque a Guarda foi criada por outro gestor, mas essa realidade descrita na denúncia é extremamente fiel, é a situação da Guarda Municipal de Campina Grande”, declarou.
Ainda segundo o secretário, as faltas vão além das questões de infraestrutura de trabalho. “É desumana a situação deles, e para além disso, tem a questão da carreira deles, do plano de cargos, das condições de trabalho, a viatura praticamente não tem nada, apenas um adesivo, não tem arma, não tem nada, é um faz de conta”.
Maracajá ainda complementou que devido aos problemas de segurança, a categoria deveria ser mais bem utilizada em Campina Grande.
“São extremamente importantes, a questão da segurança é um dos principais problemas de nossa sociedade e esses profissionais poderiam ter uma participação, por exemplo nas escolas, se tivesse condições para isso, no Parque da Criança, onde constantemente tem assaltos, tem vários equipamentos urbanos que se eles tivessem as condições necessárias eles poderiam auxiliar muito na questão da violência”, disse.
Blog do Márcio Rangel