Uma operação da Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (22) um mandado de busca e apreensão na casa de um servidor contratado da prefeitura de Campina Grande, suspeito de inserir dados falsos para fraudar o programa Bolsa Família. A investigação recebe o nome de Simbiose e teve início em uma apuração feita pela Secretaria de Assistência Social do município.
De acordo com a Polícia Federal, o investigado estaria inserindo no sistema do Bolsa Família dados fraudulentos para conseguir mais recursos do programa. Em troca, ele receberia ‘vantagens indevidas’. O mandado de busca e apreensão foi expedito pela 4ª Vara da Justiça Federal. O servidor contratado deverá responder pelos crimes de inserção de dados falsos e corrupção passiva.
Investigação teve início com auditoria da PMCG
A Operação foi iniciada a partir de uma auditoria realizada pela Secretaria de Assistência Social do município. A apuração identificou pelo menos 32 situações suspeitas de pessoas que recebiam o benefício e com um ‘perfil’ econômico parecido.
“A partir disso nós reunimos informações e encaminhamos aos órgãos competentes para que a investigação fosse feita. Ainda não é possível mensurarmos o montante de recursos, porque isso vai ficar por conta da Caixa Econômica Federal”, explicou o coordenador do programa Bolsa Família em Campina Grande, Rubens Nascimento.
Segundo as investigações, um servidor contratado pela prefeitura e que trabalhava no Cadastro Único seria o responsável pelas fraudes. Ele deverá ser indiciado por inserção de dados falsos e corrupção passiva, já que cobraria dos beneficiários pelo aumento dos recursos pagos pelo programa. A prefeitura de Campina Grande rescindiu o contrato, após descobrir as supostas fraudes.
João Paulo Medeiros, Pleno Poder