A assistência a venezuelanos que estão em Campina Grande foi tema de reunião ocorrida nessa quinta-feira (6) entre prefeitura, Ministério Público do Trabalho, secretários municipais, autoridades policiais e representantes de diversos órgãos púbicos.
Presentes ao encontro articulado por Romero os secretários Eva Gouveia (Assistência Social), Rodolfo Gaudêncio (Educação) e Luzia Pinto (Saúde). Uelma Alexandre (diretora de Proteção Especial da Semas), Joelma Martins (diretora de Proteção Básica), Rubens Nascimento (Cadastro Único), Kelvin Campos (coordenador da Unidade de Acolhimento Irmã Zuleide Porto), Emanuel Lira (Programa Ruanda) e outros representantes de setores da PMCG também contribuíram com o encontro na sede do MPT.
Questão complexa
Durante o encontro, na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), na Estação Velha, o prefeito Romero Rodrigues fez uma ampla explanação das providências do governo municipal em termos de acompanhamento, assistência social e apoio humanitário para as famílias venezuelanas que estão na cidade.
Na avaliação de Romero, a questão dos venezuelanos é bastante complexa, daí a necessidade de integração de órgãos públicos e de representantes da sociedade civil organizada para que se encontrem saídas em torno de mais este inusitado problema social.
Ele garantiu que a PMCG, desde o início do problema, tem feito o que é possível no sentido de dar apoio social aos venezuelanos, mas destacou que eles têm sido bastante resistentes a este tipo de assistência, chegando-se inclusive ao ponto de haver a rejeição até mesmo da doação de alimentos por parte da própria comunidade.
Diante disso, o prefeito disse que, a partir de agora, acontecerá um esforço para se reunir um maior número de órgãos e entidades visando tratar objetivamente da grave questão.
Decidiu-se pela formação de uma comissão com representantes da Prefeitura, Polícia Federal, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, MPT. A partir disso será definido o tipo de abordagem a ser empregada nos próximos dias, pois existe a tendência de que a cada dia aumente o número de venezuelanos na cidade, com a ocupação de importantes espaços públicos.
Reconhecimento
A procuradora do Trabalho Andressa Coutinho, que preside o inquérito instaurado para tratar da permanência dos venezuelanos em Campina Grande, considerou o encontro bastante produtivo. Segundo ela, a questão demanda uma ação integrada de diversos órgãos e entidades para avaliação do perfil desses estrangeiros e as suas intenções é fundamental.
Andressa Coutinho reconheceu que a Prefeitura tem sido diligente no sentido de promover uma política de apoio social e de aproximação com estas pessoas, apesar de elas rejeitarem ou resistirem a tudo os que lhes tem sido oferecido.
Além da procuradora, esteve participando da reunião o procurador Raulino Maracajá, que também ressaltou a importância do encontro para se tratar de um fato que vem chamando a atenção de toda a sociedade campinense.