O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) convocou para esta quinta-feira (4) uma audiência de conciliação entre os médicos do Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, e a Secretaria municipal de Saúde para tratar da questão da suspensão de cirurgias oncológicas eletivas, desde a última segunda-feira (1º)
A unidade é referência no tratamento de câncer no interior do estado.Os médicos denunciaram ao Ministério Público e ao CRM-PB que há fraudes nos códigos de autorizações das internações hospitalares (AIH), diminuindo os valores pagos por procedimentos médicos no hospital. Após a denúncia, os médicos suspenderam a realização de cirurgias eletivas, mantendo os procedimentos de urgência e emergência.
“Convocamos os médicos da FAP, a direção técnica do hospital e um representante da Secretaria municipal de Saúde para uma conciliação. Queremos chegar a um acordo para que o atendimento seja restabelecido o mais rápido possível e que haja uma solução também para que os médicos não sejam penalizados”, destacou o vice-presidente do CRM-PB, Antônio Henriques.
Ele acrescentou que os médicos da FAP procuraram o CRM-PB para denunciar que, desde 2017, havia uma diferença significativa entre o pagamento autorizado e o que efetivamente estava sendo pago. Ainda de acordo com a denúncia dos médicos, um dos procedimentos que deveria custar R$1.075 foi pago R$56 aos profissionais da FAP.
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