Três ex-internos acusados da morte de sete reeducandos na rebelião do Centro Socioeducativo Lar do Garoto, em Lagoa Seca, foram condenados a uma pena de 164 anos e seis meses de reclusão. A sentença é do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Campina Grande, Bartolomeu Correia Filho, que aplicou o disposto no artigo 69 do Código Penal Brasileiro. Wellington Bezerra, Israel Felipe dos Santos e Ismael Bruno dos Santos cumprirão a pena no regime, inicialmente, fechado, e em uma penitenciária estadual, a critério do Juízo de Execução Penal (VEP).
“Esclareço que, no caso, foram praticados sete homicídios, sendo classificados como concurso material de crimes onde se soma as penas aplicadas. A pena está alta em razão da quantidade de homicídios praticados”, esclareceu o juiz.
Também foram julgados e absolvidos dos crimes os denunciados Cleiton Henrique Clementino de Araújo, Abraão Alisson da Silva, Wadson Marcos Silva Lima, Wilker Gomes dos Santos, Aubério de Souza Santos Júnior e Johnleno Brito Domingos dos Santos.
Segundo os autos, o tumulto no Lar do Garoto, aconteceu na madrugada do dia 3 de junho de 2017, quando internos tentaram fugir, invadindo o pátio da instituição. Os agentes socioeducativos conseguiram impedir que alguns reeducandos escapassem e teve início uma confusão generalizada. Durante a rebelião, colchões e móveis foram queimados e a maioria dos mortos foi carbonizado.
Segundo a Comissão de Direitos Criminais da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba (OAB-PB), a unidade tinha capacidade para 40 pessoas e abrigava 218, na época do fato.
Redação