
Em meio a preocupações com a segurança de sua vacina contra covid-19, a farmacêutica AstraZeneca lançou um ensaio de 111 páginas, em uma tentativa de aumentar a transparência sobre os seus testes, desenvolvidos em parceria com a Universidade de Oxford.
A empresa afirma que o seu objetivo é produzir uma vacina com 50% de eficácia, seguindo a orientação para as vacinas contra o novo coronavírus da Food and Drug Administration (FDA), entidade reguladora nos Estados Unidos.
A farmacêutica explica que, primeiro, é necessário que pelo menos 150 pacientes sofram de coronavírus entre todos os participantes da pesquisa que receberam vacinação. Um conselho de segurança fará uma análise inicial quando houver 75 casos. Se a vacina for 50% eficaz, a AstraZeneca pode interromper o estudo mais cedo e solicitar autorização do governo para liberar a vacina para uso de emergência.
Os testes em humanos da vacina contra a covid-19 da empresa foram retomados, depois que a entidade reguladora do Reino Unido confirmou que eles eram seguros. Eles haviam sofrido uma pausa durante seis dias, em 8 de setembro, por causa de uma reação adversa em um dos participantes.
Essa vacina está sendo testada em vários países, inclusive no Brasil. O estudo está na fase 3. Em todo o mundo, 18 mil pessoas tomaram doses da vacina. No Brasil, ela foi aplicada em 4,6 mil pessoas, sem reações.
De acordo com o presidente da AstraZeneca, Pascal Soriot, no início de 2021 a empresa tem perspectivas de não só já estar não uma vacina aprovada, mas com capacidade para ser distribuída no mundo inteiro, simultaneamente.
Com Valor Investe