A morte do senador e ex-governador José Maranhão deixou um vácuo na política da Paraíba, inclusive dentro do MDB, que perdeu ao mesmo tempo o presidente da legenda e sua principal referência política nos últimos 20 anos. Por causa disso, lideranças do partido devem decidir nas próximas semanas quem deverá conduzir os rumos da agremiação. O ex-candidato à Prefeitura de João Pessoa, Nilvan Ferreira, pediu cautela e sugeriu que as essa discussão entre os emedebistas não deve ocorrer agora, em respeito à memória do ex-governador.
José Maranhão morreu na última segunda-feira (08), em decorrência das complicações da Covid-19. Ele projetava o crescimento do partido, com candidaturas para a Câmara e Assembleia da Paraíba (ALPB) em 2022 e sendo protagonista na disputa vindoura.
Para o radialista, apesar do vazio que se estabeleceu na legenda com o falecimento de Maranhão, não é hora para se discutir os rumos políticos do partido, mas sim de respeitar a memória do político e os sentimentos de sua família.
Nilvan Ferreira disputou o segundo turno das eleições municipais em João Pessoa e perdeu no segundo turno para Cícero Lucena (PP). Com 100% das urnas apuradas, ele ficou com 46,84% da votação, o que consiste em quase 122 mil votos.
OUTRAS LIDERANÇAS – Caberá às velhas e novas lideranças do partido a definição do novo rumo do MDB sem a presença de José Maranhão. A discussão deve passar pelo senador Veneziano Vital do Rêgo, que ingressou recentemente na legenda, bem como pela senadora Nilda Gondim e pela família Paulino, aliada histórica do maranhismo na Paraíba.
Em mensagem à reportagem, Roberto Paulino disse que a decisão interna, na legenda, será tranquila e que todos os integrantes do partido, segundo ele, têm o mesmo propósito. “O clima no momento é tranquilo, creio que todos os companheiros estão no propósito de fortalecer a legenda, nossa relação é boa com as principais lideranças, a transição será pacífica, após o Carnaval vamos tratar do assunto!!”, disse.
Com Repercute PB