O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), revelou que precisa de ajuda dos governos federal e estadual para que o Município não entre numa espiral de crise financeira grave em 2021. Para isso, o gestor iniciou uma agenda com viagem a Brasília e um pedido de audiência com o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania).
“Estamos caminhando para uma situação-limite, quanto à nossa capacidade instalada de atendimento às demandas crescentes local e estadual por leitos e tratamento em Campina Grande. E, por maiores esforços que façamos para racionalizar gastos e equilibrar as despesas, o ‘custo-Covid’ na nossa rede está se tornando proibitivo”, disse Bruno Cunha Lima.
De acordo com relatório da Secretaria de Finanças de Campina Grande, em termos de recursos financeiros transferidos pelo tesouro municipal, para fazer frente aos gastos da saúde e principalmente o enfrentamento da Covid, o Município repassou em janeiro deste ano R$ 4,3 milhões para a Secretaria de Saúde. Em abril, o repasse já tinha chegado aos R$ 5,7 milhões e uma dívida na ordem de R$ 20 milhões. Nesse ritmo, os valores podem chegar a R$ 80 milhões até dezembro de 2021.
Uma realidade que torna a situação ainda mais grave, segundo Bruno Cunha Lima, é que o atual volume de transferências de recursos federais para Campina Grande, nesses primeiros meses – a exemplo do que ocorreu com todos os municípios de porte médio no país – sofreu uma forte redução, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Conforme a prefeitura, a “trégua” em relação ao pagamento das dívidas com a União também acabou, voltando a comprometer o desempenho das receitas.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), Campina Grande tem quase 30 mil casos de coronavírus, com 892 mortes por Covid-19 e uma taxa de 88% de ocupação dos leitos de UTI adulto.
Com Portal Correio